Monday, July 23, 2007

Bertoluci e Almodóvar presentes no primeiro Festival de Cinema Europeu em Portugal

Bernardo Bertoluci e Pedro Almodóvar são presenças confirmadas na primeira edição do European Film Festival, que se vai realizar de 8 a 17 de Novembro, no Casino Estoril.

O festival, que está a ser coordenado por Paulo Branco, numa produção da MixReel, com o apoio da câmara de Cascais, da Junta de Turismo da Costa do Estoril e do Estoril Sol, tem por objectivo colocar Portugal na rota dos grandes festivais de cinema. Essa é uma aposta que a organização pretende atingir nos próximos três anos.

Segundo Paulo Branco, esta primeira edição tem como ponto de partida "uma reflexão sobre o que é o cinema hoje. Daí que englobe cinematografias de outros continentes em mostras paralelas".

Bernardo Bertoluci foi convidado por Paulo Branco para ser seu conselheiro neste evento, cargo que aceitou, estando assim confirmada a sua presença.

O festival vai exibir 14 longas-metragens de produção europeia a concurso, e como conselheiros artísticos vão estar presentes o director da Cinemateca de Paris e ex-director da publicação Cahiers du Cinema, Serge Toubiane e o director da Cinemateca de Madrid, José María Prado.

David Lynch homenageado e obra de Pedro Almodóvar em retrospectiva

Confirmada está também uma homenagem ao realizador norte-americano, David Lynch, e uma retrospectiva da obra de Pedro Almodóvar, rotulada como a maior e mais completa alguma vez realizada. A presença do realizador no evento está confirmada, bem como a de alguns actores e técnicos com quem habitualmente colabora.

Como informou o director artístico Paulo Branco, o festival vai atribuir três prémios: a Nau de Ouro (30 mil euros), a Nau de Prata (20 mil euros) e uma "distinção especial por parte do júri, para um realizador ou actor".

A ideia do European Film Festival é que a selecção de filmes seja suficientemente apelativa para atrair a critica internacional e que isso contribua para a consolidação do evento.

Doclisboa regressa com mais salas e sessões especiais


A edição deste ano do Doclisboa está a caminho. A decorrer entre 18 e 28 de Outubro, a organização do festival já comunicou algumas novidades: o alargamento das projecções aos cinemas Londres e São Jorge, a realização de uma maratona de cinema documental e a antestreia de “Sicko”, de Michael Moore são apenas algumas das anunciadas.

As salas da Culturgest eram, desde a primeira edição do festival em 2003, o espaço exclusivo de projecção dos documentários. No entanto, com o número crescente de espectadores e com a necessidade de exibir filmes das sessões paralelas e extra competição, a organização decidiu alargar o espaço para o cinema Londres. No cinema São Jorge vão ser apresentadas sessões escolares organizadas, uma matiné infantil e no último domingo do festival vai ser realizada uma maratona nas suas duas salas.

Além das habituais secções da competição, este ano o Doclisboa conta com sessões paralelas não-competitivas: “Diários filmados e autoretratos”, descrita pelo seu delegado, Augusto M. Seabra, como "uma oportunidade única de rever clássicos e raridades"; "Vento norte", sobre o cinema documental da Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia e Islândia; "Riscos e ensaios", que "visa reflectir sobre o próprio meio de expressão", devendo ser apresentadas "obras na fronteira entre a ficção e o documentário", segundo o referido pela organização e uma mostra retrospectiva dedicada ao realizador de origem polaca e cidadania inglesa, Lech Kowalski, onde vão ser exibidos 19 filmes deste realizador.

A V edição deste festival conta ainda com o "Docbreakfast", encontro de produtores e realizadores nacionais com representantes do mercado internacional, e com a "Galeria”, espaço criado para o diálogo entre as artes plásticas e o documentário.

A antestreia de “Sicko”, de Michael Moore, cujo tema aborda a segurança social norte americana e os seguros de saúde privados, e a exibição de “When the levees broke: A requiem in four acts”, de Spike Lee, sobre o furacão Katrina são duas exibições confirmadas no festival.

Este ano a Sony é o patrocinador oficial do Doclisboa, que recebeu pela primeira vez apoio do programa Media da União Europeia.

O festival distribui 10 prémios, sendo o Grande Prémio Cidade de Lisboa (7.000 euros) o de maior valor pecuniário.

Adesão da Turquia à UE não está para breve

No entender do Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, a adesão da Turquia à União Europeia (UE) não acontecerá num futuro próximo. Esta foi a principal mensagem retirada da entrevista de Durão Barroso ao jornal grego Kathimerini.

No entender do antigo primeiro-ministro português, a Turquia ainda não reúne os requisitos para aderir à UE, nem a UE não se encontra preparada para receber este país, uma vez que os 27 membros ainda não chegaram a um consenso nesta matéria.

Durão Barroso deixa, no entanto, uma palavra de encorajamento a todos os membros da UE para continuarem as negociações para a integração da Turquia. Este pedido dirige-se especialmente ao Presidente francês, Nicolas Sarkozy, um dos declarados opositores da entrada daquele país na União.

Esta entrevista aconteceu ontem, dia em que os turcos foram às urnas, para tentar ultrapassar uma crise política que data da Primavera. Na origem de tudo isto está a desconfiança, por parte das instituições laicas da Turquia, entre as quais o exército, de que o primeiro-ministro, Recep Erdogan, estaria a implementar um movimento de “ismalização” do país. Erdogan sempre fez questão de negar tais acusações.

De acordo com as recentes sondagens o Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP), chefiado por Erdogan, recolhe a maioria dos votos, pelo que Erdogan deverá ser reconduzido como primeiro-ministro turco.

Sunday, July 22, 2007

Moscovo e Londres ensaiam reconciliação

Após uma semana em que a relação entre os Governos de Londres e Moscovo atingiu um pico de tensão digno da Guerra Fria, o chefe da diplomacia russo, Serguei Lavrov, procurou desvalorizar a situação, assegurando que a Rússia está preparada para pôr um fim a esta crise.

As palavras de Lavrov vêm na sequência das declarações do Presidente russo, Vladimir Putin, que na quinta-feira veio a público tentar desdramatizar a situação a que o próprio chamou de “ mini-crise”. O líder russo mostra-se confiante de que ambos os países irão resolver esta questão, que no entendimento de Serguei Lavrov foi despoletada pela Inglaterra.

A desavença entre os dois países tem origem na recusa, por parte do governo chefiado por Putin, em extraditar Andrei Lugovoi para a Inglaterra. Lugovoi é considerado pelo governo britânico como o principal suspeito do envenenamento do antigo espião russo Alexandre Litvinenko.

Na sequência desta recusa, o governo de Gordon Brown decidiu expulsar quatro diplomatas russos, que até àquele momento trabalhavam na embaixada russa em Londres.

Como forma de retaliação, Moscovo procedeu a uma expulsão semelhante, bem como à interrupção da emissão de vistos aos diplomatas ingleses, e à cessação da colaboração entre os serviços secretos de ambos os países no que toca às políticas antiterroristas.

Primeiro-ministro quer massificar acesso a computadores e Internet

O primeiro-ministro, José Sócrates, confessou que o maior défice do país é o das qualificações dos portugueses. A estratégia a adoptar para travar esse défice passa pela massificação do uso de computadores e do acesso à Internet de banda larga, explicou, ontem, no Pavilhão do Conhecimento, no Parque das Nações, em Lisboa.

O objectivo do Governo é conseguir que Portugal “vença o atraso tecnológico e se aproxime dos melhores”, para se tornar um “país mais moderno e confiante”, afirmou. O programa Novas Oportunidades, anunciado pelo chefe do Executivo em Maio passado, pretende aumentar as qualificações e o acesso dos portugueses às novas tecnologias. Sócrates considerou-o como o programa “mais importante que o Governo lançou” e no qual tem “mais orgulho”.

Durante a cerimónia, o primeiro-ministro homenageou “a coragem” dos que “voltaram à escola para fazer mais pela sua vida e pelo seu país”, entregando 30 computadores portáteis e certificados de competências àqueles que concluíram o Novas Oportunidades. “O que vocês fizeram é o que o país precisa, e o país precisa de conhecer o vosso exemplo, o exemplo de quem não se resignou”, lembrando que “investir mais e estudar mais” é o “melhor a fazer pelo país”.

Todos aqueles que se inscreverem e concluírem o programa lançado pelo Governo recebem um certificado de reconhecimento e validação de competências e um computador portátil. O Novas Oportunidades tem a duração de um ano, um custo total de 330 euros e garante o acesso a um computador portátil, acesso gratuito à Internet de banda larga durante um ano e a uma linha telefónica.

Thursday, July 19, 2007

Jornalismo de investigação e jornalismo online debatidos em Braga

A Rádio Universitária do Minho (RUM), no âmbito da celebração dos seus 18 anos, trouxe a debate o jornalismo de investigação e o jornalismo online em Portugal. Foi ontem, dia 18, no Museu Nogueira da Silva, que ocorreu a troca de ideias.
“Estarão os géneros jornalísticos a convergir?” foi a pergunta de partida, feita pela jornalista da RUM e moderadora do debate, Natasha Correia. Os três convidados, Luís Santos, professor universitário na Universidade do Minho, Manuel Molinos, jornalista do Jornal de Noticias, e Paulo Moura, do Público concordaram que o risco de isso acontecer é mais alto no jornalismo online do que no impresso. No jornalismo online há géneros mais específicos e há outro tipo de possibilidades, como o imediato e mais fácil feedback dos leitores, ou a interactividade, como sublinhou Manuel Molinos.
Paulo Moura focou o clima de incerteza que se vive neste momento, e realçou a confusão existente na área: “hoje em dia abrimos um jornal e vemos poucas notícias. Há alguma confusão entre opinião e informação, ou entre noticia e ficção, o que é perigoso”.

Os jornais impressos e o novo papel do jornalista

No seguimento do debate surgiu a questão do provável desaparecimento dos jornais impressos face à popularização dos jornais online: “É possível que os jornais mudem e deixem de ser como os conhecemos hoje, mas acredito que hão-de sobreviver”, afirmava Luís Santos. “O fim do impresso já é anunciado há muito, e ainda continua. Acho que os jornais podem vir a ter outra dinâmica e fazer outro tipo de apostas”, continuava o professor. Já Paulo Moura defendia uma posição bem diferente: “Acredito que os jornais vão mesmo acabar”, afirmava convictamente. “Com o surgimento das novas tecnologias e suportes, o jornal impresso tenderá, por natureza, a desaparecer”. No entanto, o jornalista do Público prevê uma nova valorização do jornalista: “Com tanta informação que vai surgindo por pessoas não qualificadas o jornalista vai ser valorizado, por ser essencial na mediação dos assuntos. Acredito que a figura do jornalista vai emergir com mais força ainda no futuro”.
Manuel Molinos defendeu uma opinião semelhante: já nos baseamos muito no online, por isso é natural que o impresso desapareça. “Não imagino as gerações mais jovens a comprar jornais”, afirmou. Ainda assim, “o fim do papel não significa o fim do jornalista”, ainda que implique várias alterações nas suas funções.

Jornalismo de investigação e jornalismo de secretária

Jornalismo de investigação? “Sai muito caro”, acabariam por concordar os três convidados, atestando a opinião da jornalista do semanário Sol, Felícia Cabrita, que apesar de não estar presente, deixou a sua opinião. “Hoje em dia o jornalismo é feito na secretária”, afirmava também a jornalista, e Paulo Moura concordava: “Hoje em dia uma redacção funciona bem sem ser preciso o jornalista sair do lugar”.
Cada vez tenta evitar-se mais mexer com situações de risco, mas a figura do repórter, a longo prazo, pode vir a ser valorizada. Esta ideia, partilhada por todos os convidados, serviu ainda de mote para lembrar que, para haver um melhor jornalismo de investigação é necessário que os jornalistas queiram procurar e ir mais longe nas suas investigações, ainda que cada vez seja mais difícil obter financiamento, ou até, autorização.

Saturday, July 14, 2007

Portugal recebe Ministros da Cultura da Europa

A ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, revelou que Portugal vai receber, em Setembro, o Foro Cultural dos Ministros da Cultura da Europa. A notícia foi dada esta sexta-feira, em Ponte de Sor, na inauguração da Fundação António Prates.

Isabel Pires de Lima declarou que Portugal vai receber, de 26 a 28 de Setembro, o Foro Cultural dos Ministros da Cultura da Europa, que "servirá para ouvir a sociedade civil, mecenas e empresários, para debater a nova agenda cultural europeia".

A fundação António Prates, inaugurada sexta-feira, conta com um espólio com cerca de três mil originais e mais de cinco mil cópias de arte contemporânea, para além de uma vasta colecção de manuscritos, numa avaliação superior a oito milhões de euros, doada pelo próprio António Prates.

"Colecciono arte como colecciono cintas de charuto, carteiras de fósforos, rádios antigos...", afirma António Prates.

Walfredo Sangareau foi o arquitecto responsável pelo edifício sede da Fundação. Em declarações à Lusa o arquitecto afirmou que "foi um enorme desafio transformar uma fábrica de descasque de arroz numa fábrica de cultura". Referiu ainda que temeu não poder assistir em vida à inauguração do espaço, cujo último risco fez "há dez anos".

Turismo português deve apostar na cultura

Na inauguração a ministra defendeu ainda que Portugal deve implementar um turismo que se centre também na cultura e que não se esgote no sol e na praia.

Aludindo à abertura recente do Museu Colecção Berardo, em Lisboa, do Museu de Arte Contemporânea, em Elvas, e aos quais se junta agora a inauguração da Fundação António Prates, Isabel Pires de Lima afirmou, segundo a RTP, que "descentralizar não se faz descentralizando gabinetes, faz-se no terreno, com políticas que criem novos pólos culturais".

Segundo a ministra da cultura, o "investimento em Cultura não tem retorno visível mas é duplamente produtivo: ao nível da formação e da fruição estética por um lado e ao nível financeiro, em algumas áreas culturais, por outro. Não é por acaso que ouvimos hoje falar de economia criativa".

Monday, July 09, 2007

RUM celebra maioridade com programa cultural

A Rádio Universitária do Minho (RUM) comemora 18 anos amanhã, dia 10 de Julho. Para assinalar a data a rádio preparou várias actividades de índole cultural, a decorrer durante todo o mês. Das diversas actividades destaca-se o concerto dos Coldfinger, no Theatro Circo, e as três conferências temáticas a realizar no Centro Cultural Vila Flor, Museu Nogueira da Silva e Theatro Circo entre os dias 17 e 19 de Julho.

As comemorações começam já amanhã com uma emissão especial da Rádio Universitária, intitulada “Ser maior é... continuar a crescer!”. Os bares académicos da Universidade do Minho (UM) juntam-se à festa com o RUM SoundSystem a decorrer no Bar Académico (BA), dia 13, e no Insólito, a 14. No mesmo dia o Insólito acolhe ainda o concerto dos The Zany Dislexic Band.

No dia 17 o Centro Cultural Vilar Flor (CCVF) recebe a primeira conferência com o tema “CCVF: ontem, hoje e amanhã. De que massa é feita a cultura?”. No dia seguinte é a vez do Museu Nogueira da Silva se associar à comemoração com um colóquio sobre “O Jornalismo de Investigação em Portugal”. A 19 de Julho o Theatro Circo encerra o ciclo de conferências com a questão “Theatro Circo: ontem, hoje e amanhã. De que massa é feita a cultura?”. Todas as conferências têm início marcado para as 21h30.

Os Coldfinger sobem ao palco do Theatro Circo no dia 20, às 23h00. Segundo a RUM, este é um concerto dedicado aos ouvintes já que esta parece ser a sua banda portuguesa preferida. Os Coldfinger foram o grupo mais votado na consulta levada a cabo pela rádio no seu sítio oficial. A noite continua no Insólito ao som do RUM Soundsystem.

A celebração termina no dia 21 com a actuação dos Green Machine no E S P A Ç O, em Braga, às 22h00. O resto da noite fica novamente ao cargo do RUM Soundystem.

Wednesday, July 04, 2007

Enterro da Gata' 07


Está aí à porta mais uma edição do Enterro da Gata. Este ano o certame, organizado pela Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), decorre entre os dias 11 e 19 de Maio, com um cartaz repleto de bandas portuguesas.

Como é hábito, a festa começa na sexta-feira, dia 11, com o velório da gata. A “gata” representa o insucesso escolar e é transportada pelas ruas de Braga seguida por um séquito que não pára de chorar a "finada". Terminada a “procissão”, segue-se a tradicional serenata, no Largo da Paço.

As noites do Enterro contarão com a presença de Anjos, Blasted Mechanism, The Gift, Da Weasel, Quim Barreiros e Xutos, entre outros. De destacar ainda a presença da Tuna Universitária do Minho, da Augustuna, da Afonsina e da Azeituna, todas elas tunas da Universidade do Minho.

De não esquecer também o Cortejo Académico, que se realiza na quarta-feira, dia 16, às 14h00.

Sendo esta a maior e mais importante festa da academia minhota e o evento mais aguardado pelos alunos desta universidade, para além de constituir um marco na história da cidade, o ComUM vai acompanhar tudo o que acontece durante o evento.

Sexta-feira, dia 11

O Enterro da Gata já arrancou e, como é habitual, as festividades começaram com o Velório da Gata. Depois do desfile fúnebre, acompanhado pelos estudantes vestidos a rigor, a noite terminou ao som da tradicional Serenata.

Sábado, dia 12

As noites de concertos já começaram no Enterro da Gata. A abrir o palco do Gatódromo bracarense esteve Mafalda Veiga e os Anjos. Apesar do mau tempo a festa foi animada, garantem os alunos da Universidade do Minho (UM), que puderam ainda contar com a actuação surpresa dos Papas da Língua.

Domingo, dia 13

O segundo dia do Enterro continua bem molhado, com a chuva a insistir juntar-se à festa. Apesar de tudo as expectativas dos alunos para a noite de concertos, que contou com a presença de Blasted Mechanism e MAU, mantiveram-se elevadas.

Terminadas as actuações o ComUM foi falar com os alunos da UM, que deram nota positiva às bandas que estiveram em palco nessa noite.

No fim das actuações o ComUM esteve à conversa com os MAU e com os Blasted Mechanism.

Segunda-feira, dia 14

Para este dia o cartaz do Enterro da Gata 2007 reserva aos estudantes a actuação de The Gift e X-wife. Apesar da melhoria do tempo, as expectativas dos alunos da UM não eram as melhores. Na origem da falta de interesse em relação às bandas poderá estar a repetitividade do cartaz e a escolha apenas de grupos portugueses.

Apesar de a princípio se terem mostrado pouco entusiesmados com as bandas escolhidas para actuar nesta noite, os estudantes parecem ter gostado do espectáculo dado por X-wife e The Gift.

Terça-feira, dia 15

Hoje é a vez de Da Weasel e Monstro Mau pisarem o palco do Gatódromo. Conhecidos de todos, e a actuar no Enterro pela segunda vez, dos Da Weasel os alunos esperam anciosos por mais um bom espectáculo. Embora menos conhecidos do público, os Monstro Mau não deixam de despertar a atenção dos estudantes minhotos, que aguardam com curiosodade para ver a banda em palco.

Terminados os concertos, o balanço da noite foi positivo tanto para os Da Weasel como para os Monstro Mau.

Quarta-feira, dia 16

A tradicional noite "pimba", depois do Cortejo Académico que decorreu durante a tarde, contou com a presença sempre muito aguardada de Quim Barreiros. Leonel Nunes foi o primeiro a actuar no recinto do Enterro da Gata, acompanhado pelo garrafão. As actuações de ambos os artistas proporcionaram uma noite bem animada, tanto para os alunos como para os cantores.

Quinta-feira, dia 17

Esta é já a última noite de euforia no Enterro da Gata. Xutos e Pontapés e Luna Vox foram as bandas escolhidas para encerrar o certame. Com o fim da semana académica, e impulsionados pelo ritmo animado de Xutos e Pontapés, os estudantes resolveram desfrutar ao máximo da noite, superando as expectativas em relação à venda de bebida alcoólicas. O ComUM andou a investigar e concluiu que é nas barracas de curso que os estudantes da academia mais gostam de consumir.

Galeria de fotos

Porque não há melhor forma de recordar um grande acontecimento do que voltar a vê-lo, o ComUM disponibiliza online fotografias das noites mais animadas da UM.

Folia de Blasted Mechanism na grande viagem Enterro da Gata

Os Blasted Mechanism subiram ao palco do Enterro da Gata na noite de Domingo. A chuva que caía e o chão enlameado não fizeram recuar os estudantes, que vibraram ao som das músicas a que Karkov dá voz. Pelo segundo ano consecutivo no Enterro da Gata, o grupo trouxe desta vez novo álbum, novas músicas e nova imagem, carregada de simbolismo e criatividade. O ComUM esteve à conversa com Karkov e Valdjiu (toca bambuleco e kalachraka), que nos falaram desta nova fase dos Blasted Mechanism.

A noite estava fria, a chuva insistia em marcar presença em intervalos quase regulares e o terreno estava completamente enlameado. Mesmo assim os estudantes não arredaram pé do recinto mostrando-se pouco intimidados com o mau tempo. Ao som de Blasted Mechanism a folia instalou-se e a animação fez-se sentir durante todo o espectáculo. Karkov afirma que o segredo para manter tanta gente junto ao palco numa noite de mau tempo como a que se fez sentir poderá ter sido “um álbum novo com umas musicas ‘bacanas’ e uma história de banda também engraçada já”. “Excentricidade, energia, o ser louco um bocado e passar também um bocado dessa loucura às pessoas” podem ter sido os ingredientes necessários para agradar aos jovens, adianta.

“Sound in Light/Light in sound” é o nome do novo álbum da banda. Apesar das diferenças com o anterior, este novo trabalho não mostra uns Blasted Mechanism diferentes: continuam a usar riffs gigantes, alternando estilos tão diferentes como o punk e o trance, a um ritmo bem acelerado. Acrescentam porém algumas novidades como a gaita de foles, tocada por Gonçalo Marques, e a guitarra portuguesa de António Chaínho. Artistas convidados são, aliás, o que não falta neste novo álbum, já que conta com presença ainda de nomes como Rão Kyao, Macaco, Transglobal, entre outros.

Os novos fatos são outra das novidades desta nova fase de Blasted. Há quem diga que se parecem com os fatos dos Power Rangers, mas Karkov assegura que vão buscar inspiração “a muitos lados e em fases diferentes do processo de criação a sítios diferentes”. “A nossa inspiração já foi por exemplo a vulcanologia, também já foi o céu estrelado nocturno, neste momento é o cruzamento de várias coisas”, esclarece. O vocalista explica ainda que “esta nova fase de Blasted Mechanism, com estes novos fatos, e o disco também, acho que é muito mais rico do que qualquer coisa que tenhamos feito até agora. Estes fatos, por exemplo, têm uma visibilidade tão própria, muito mais própria que a dos anteriores, no sentido de que se diferencia cada personagem um do outro. O meu [fato] sem duvida pode inspirar-se nos Aztecas, nos Maias, nos Incas, numa onda nipónica mas ao mesmo tempo com um animismo que é profundo”.

“Apesar de haver qualidade é complicado vingar” no estrangeiro

A meio da conversa surge um convite inesperado para um concerto em Inglaterra. A sugestão dá o mote para a discussão sobre a dificuldade de as bandas portuguesas vingarem no estrangeiro. “O que eu sinto mais é que enquanto selo empresarial [Portugal] não tem força, é uma marca transparente. Portugal é apenas conhecido pelo Algarve, pelas praias de Albufeira. É ai que as pessoas conhecem Portugal. É um bocado essa a imagem que o pessoal tem de nós e isso é difícil de combater”, desafoga Karkov. A “antena receptora” do grupo, como o caracteriza Valdjiu, assegura ainda que “nós devemos combater isso. Cada vez que vamos lá fora, isso já é um combate, é uma tentativa de conquista”. “Apesar de haver qualidade é complicado vingar”, conclui.

Há pouco tempo Sam The Kid lançou uma crítica a todos os grupos portugueses que não cantam em português. Sobre isso Valdjiu retorquiu que “no hip-hop às vezes faltam assuntos e então optam por falar mal”. “Acho que os cantores de hip-hop deviam tentar pegar mais um bocadinho na mensagem, criar uma imagem mais luminosa e projectá-la para cima dos jovens e a verdade é que andam sempre com uma vibração muito pesada e parece que anda sempre tudo mal”, acrescenta.

O novo álbum dos Blasted Mechanism apresenta-se com um formato único a nível mundial. O CD original de “Sound in Light/Light in Sound”, quando colocado no computador, contém um link de acesso ao download gratuito de um segundo CD. “É um híbrido, ou seja, é físico e virtual”, explica Valdjiu. A iniciativa surgiu porque “o mercado está completamente destruído”, esclarece o inventor de instrumentos. “Outrora conseguias fazer uma gestão de conteúdos e hoje em dia estás sujeito àquilo que te podem tirar de um dia para o outro. Com a Internet, as cópias privadas, é complicado”, prossegue. Para além disso, “ao lançar um disco virtual estamos a querer dizer aos nossos fãs que se habituem a ir ao nosso site e encontrar a nossa música de uma forma muito mais honesta”, esclarece. Apesar das dificuldades, Valdjiu assegura que “acima de tudo nós gostamos imenso desta fase da vida do mercado discográfico, até porque valoriza e permite acrescentar mais valias ao que estás a fazer. Se queres que as pessoas te oiçam tens que lhes dar uma coisa diferente”.

“Os Blasted são cada vez mais uma entidade”

No palco, pode dizer-se que os Blasted Mechanism são inigualáveis. Com um estilo e aparência muito próprios, estão desde sempre muito apegados à cultura do Cosmos e, concretamente neste novo trabalho, à Teosofia, bebida sobretudo da leitura dos livros de Helena Blavatsky. Os alter-egos vividos em palco espelham-se não só na música da banda, como na própria maneira de ser e de viver dos elementos que a compõe. “A hora e meia que mostramos aqui na vossa cidade [Braga] esta noite existe dentro de nós, mas está cá dentro e só é projectada realmente em cima do palco. São alter-egos que estão connosco, vivem connosco dentro da nossa cabeça. Nesta cabeça existe mais gente que o Karkov. O Karkov é só uma personagem, mas não é só um. Isso vai-se notando na criação artística que nós temos”, explica Karkov.

“Os Blasted cada vez mais são uma entidade, uma entidade criada não só pelos músicos mas também pelos fãs, pelo público, pelas pessoas que vêem para nos ouvir. É impossível separar-se o criador da criação”, acrescenta.

Quanto ao futuro dos Blasted, esse permanece uma incógnita, até para a própria banda. “Não adianta fazer planos porque atrapalhamos os planos que a vida tem para nós, como o Agostinho da Silva dizia. Não podemos atrapalhar o Cosmos e a surpresa que ele nos reserva para amanhã. Nós ficamos felizes por permanecermos felizes ao longo do caminho e fazermos os outros felizes, e isto vai-nos motivando para fazer mais”, finaliza Valdjiu.

Xutos e Da Weasel no Enterro da Gata

Xutos & Pontapés e Da Weasel vão fazer parte do cartaz do Enterro da Gata 2007. Este ano a semana académica da Universidade do Minho decorre entre os dias 11 e 19 de Maio. No dia 15 de Maio sobem ao palco os Da Weasel, enquanto os Xutos & Pontapés actuam na noite de 17.

Este ano, e para não fugir à tradição, os Xutos & Pontapés vão animar o Enterro da Gata, prometendo uma noite de folia e muita agitação, como de resto se tem visto nas suas anteriores passagens pelo palco do Enterro. O espectáculo está agendado para 17 de Maio, adiantou a banda ao ComUM.

Os Da Weasel vão também estar presentes no certame, com concerto marcado para o dia 15 de Maio, segundo se lê no site oficial do grupo. Depois da sua passagem pelo palco da maior festa da academia minhota, em 2005, a Doninha está de volta e desta vez com novas músicas para exibir.

“Amor, escárnio e maldizer” é o nome do seu mais recente trabalho. Para além de temas novos, o sucessor de “Re-definições” surge com a participação de convidados de luxo como o maestro Rui Massena, a Osquestra Sinfónica Checa, o pianista Benardo Sassetti, os Gato Fedorento, Simão Sabrosa, entre outros.

Mafalda Veiga abre palco do Enterro

Mafalda Veiga, Blasted Machanism e M.A.U sobem ao palco do Enterro da Gata 2007 nas primeiras duas noites de concertos. Nos restantes dias os estudantes podem contar com as actuações de X-Wife, Monstro Mau e Dj Overule.

A primeira noite, a 12 de Maio, conta já com a presença de Mafalda Veiga, que arranca com o espectáculo às 23h30, de acordo com o sítio oficial da cantora.

Para domingo, dia 13, está confirmado o regresso dos Blasted Mechanism, que este ano trazem na bolsa um novo trabalho, “Sound in Light”, para mostrar aos estudantes de Braga. A acompanhá-los estão os M.A.U, que pisam pela primeira vez o palco do certame para apresentar “MAU – Man And Unable”.

A 14 de Maio, segunda-feira, é a vez dos X-Wife mostrarem o que valem no palco da maior festa da Universidade do Minho. “Side Effetcs” é o seu mais recente álbum e vai poder ser ouvido a partir das 24h00.

Na mesma noite em que actuam os Da Weasel, a 15 de Maio, os estudantes minhotos vão poder também assistir ao concerto de Monstro Mau e dançar ao som de Dj Overule.Para a noite de quinta-feira, 17, espera-se a presença de Xutos & Pontapés, como já noticiou anteriormente o ComUM.

Gata enterra-se em português

Já saiu o cartaz oficial do Enterro da Gata 2007. Intitulado “As sete maravilhas da gata”, o certame decorre entre 11 e 19 de Maio. Em destaque estão os Anjos, Blasted Mechanism, The Gift, Da Weasel, Quim Barreiros e Xutos.

O Enterro da Gata tem início, como é habitual, na sexta-feira, dia 11 de Maio, com o Velório da Gata, às 21h45, no Largo da Estação, seguido da Serenata que tem lugar no Largo do Paço, às 24h00.

A abrir o palco do gatódromo, no sábado, dia 12, confirma-se a presença de Mafalda Veiga, com actuação prevista para as 23h00. A encerrar o palco na mesma noite vão estar os Anjos.

Ao contrário do que é habitual, a noite de domingo não conta com nomes internacionais. Este ano vai estar preenchida pelo regresso dos Blasted Mechanism e pela actuação dos M.A.U. A abrir as hostes vai estar a Tuna Universitária do Minho, que pisa o palco às 23h00.

Os The Gift são também um nome conhecido dos estudantes minhotos e voltam ao Enterro na noite de segunda-feira, dia 13. De destacar na mesma noite a presença dos X-Wife e da Augustuna.

No Dia da beneficência, terça-feira, 14 de Maio, sobem ao palco os Da Weasel e Monstro Mau, como estava anunciado. A representar a Universidade do Minho (UM) vai estar a Afonsina.

No mesmo dia do cortejo académico, quarta-feira, na tradicional “noite pimba”, os estudantes vão poder dançar ao ritmo incansável de Quim Barreiros. Na noite de mais folia do evento, o público vai poder ainda contar com a presença de Leonel Nunes.

A encerrar a maior festa da academia minhota, no dia 17, vão estar os Xutos & Pontapés e ainda a banda vencedora do UMplugged. A noite reserva também a actuação da Azeituna.

Curtas de Vila do Conde com mais de 1.800 filmes

O Curtas Vila do Conde – Festival Internacional de Cinema conta este ano com mais de 1.800 filmes candidatos, anunciou hoje a organização. Esta, que é já a 15ª edição do festival, decorre entre os dias 7 e 15 de Julho.

A organização do Festival de Curtas-Metragens de Vila do Conde esclarece que o festival mantém a estrutura dos últimos anos e adianta ainda que prevê “um novo recorde de inscrições”, atendendo aos prazos de recepção de candidatos às competições internacional (13 de Abril) e nacional (25 de Maio), segundo o comunicado citado pelo Diário Digital.

Da edição anterior mantém-se o programa especial “Remixed”, estreado no último ano, que reunirá curtas e longas-metragens, cinema ao ar livre, filmes-concerto, instalações interactivas e performances, que tenham em comum “explorações contemporâneas nas áreas do som, da música e das imagens em movimento”.

A secção “Take One!”, destinada a estudantes de cinema e audiovisual e estreada em 2005, será também reeditada este ano, bem como a “Work in Progress”, mostra multifacetada que junta estreias de longas- metragens com instalações de vídeo e projectos que exploram novas linguagens.

O 15º Curtas de Vila do Conde terá as habituais secções competitivas de curtas-metragens (nacional e internacional), privilegiando o cinema de ficção, animação, documentário, experimental e vídeos musicais.
Peter Whitehead em retrospectiva

A edição deste ano vai incluir uma retrospectiva da obra do realizador britânico Peter Whitehead, considerado um dos mais importantes cineastas de vanguarda do Reino Unido.
Nascido em Liverpool, em 1937, Peter Whitehead faz parte do grupo de realizadores que abalou a indústria cinematográfica europeia nos anos 60 e 70.

Destacam-se na sua filmografia as obras “Pink Floyd London 66 – 67” (1967), documentário dedicado a Syd Barrett, do lendário grupo de rock britânico Pink Floyd, e também “Tonite let's all make love in London” (1968), que retrata a Londres psicadélica e “underground” do final dos anos 60.

Será ainda exibido um documentário histórico sobre os Rolling Stones, denominado “Charlie is my darling: The Rolling Stones on tour” (1966). O filme foi raramente exibido e utilizou uma abordagem inédita na altura.