Saturday, March 31, 2007

Vitória perde pontos na luta pela subida


Terminou sem golos o jogo mais esperado da 23º jornada da Liga Vitalis. Quase 25 mil pessoas assistiram, ontem à noite, ao jogo entre o Vitória de Guimarães e o Leixões.

Com ambas as equipas a lutarem por um lugar de subida, uma derrota trocaria as contas ao Leixões, que depois de se manter nos lugares cimeiros durante todo o campeonato, via o seu lugar ser ocupado pelo Vitória de Guimarães. Tal não aconteceu. A equipa vimaranense, apesar de estar há sete jogos sem sofrer golos, desperdiçou a oportunidade de alcançar um lugar no topo da classificação.

Ambas as equipas realizaram uma primeira parte desinteressante, sem oportunidades de golo, com um futebol típico da Liga de Honra. A equipa de Matosinhos deslocara-se a Guimarães em busca do empate, e cabia ao Vitória a tarefa de incutir algum dinamismo e emoção no jogo. Não o conseguiu, pelo menos na primeira parte, e as equipas foram para o intervalo com a sensação de um dever não cumprido, pois o lugar que ocupam na tabela classificativa devia ser argumento para uma melhor performance.

Na segunda parte, a equipa vimaranense ganhou algum ritmo e assumiu as rédeas do jogo, apesar das dificuldades em construir espaços para fazer circular a bola.
Contrariamente ao que se esperava, a expulsão de Jorge Duarte por acumulação de amarelos, não intimidou a equipa de Vítor Oliveira que até chegou ao golo, tendo sido este devidamente anulado por Lucílio Batista. A equipa forasteira, apesar da inferioridade numérica, cresceu um pouco no terreno, mas rapidamente voltou à inércia da primeira parte.

Nos dez minutos finais, o jogo teve apenas um sentido. Apesar do fraco nível ofensivo, o Vitória de Guimarães foi a equipa que dispôs de mais oportunidades de golo, com Ghilas e Anderson a deixarem fugir os três pontos.

O Leixões ocupa a liderança provisória da Liga Vitalis, com os mesmos pontos que o Rio Ave, que defronta amanhã o Feirense.
A equipa de Santa Maria da Feira recebe o Vitória de Guimarães no próximo sábado, dia 7 de Abril, pelas 16 horas.

Fotografia: Carla Oliveira

Thursday, March 29, 2007

“Futuro sem Intermediários?” debatido nas Jornadas de Comunicação Social

Foi sob o tema “Novos Media: uma Babel às costas” que decorreram, nos dias 27 e 28 de Março, as X Jornadas de Comunicação Social da Universidade do Minho (UM). Confrontados com a questão “Futuro sem Intermediários?”, todos os convidados do painel Jornalismo foram unânimes nas suas respostas, afirmando que o futuro não dispensa a intermediação, antes pelo contrário, sentirá cada vez mais a sua necessidade.

Moderado pelo docente Manuel Pinto, o painel de Jornalismo contou com a presença de Sérgio Gomes, do jornal Público; Pedro Leal, da Rádio Renascença; Paulo Ferreira, do Jornal de Notícias e Luís Miguel Loureiro, da RTP, em substituição de José Alberto Carvalho, também da RTP, que por motivos pessoais não conseguiu estar presente.

Responsável pela edição online do Público, Sérgio Gomes, foi o primeiro orador a defender que o Jornalismo irá sempre pautar-se pela existência de intermediação. É uma realidade a contínua e cada vez mais usual abertura dos jornais à colaboração dos seus leitores, pelo que a intermediação do jornalista é fundamental enquanto filtro da informação que posteriormente é transmitida ao público. Para o ciberjornalista, a Internet tem vindo a dar um grande contributo na aproximação do jornalista e do leitor, mas salienta a falta de investimento que ainda se faz sentir nesta área.

A segunda intervenção foi realizada pelo chefe de redacção da Rádio Renascença, Pedro Leal, que começou por afirmar que “ a rádio não está em crise”. Apesar de os meios de comunicação de massa tradicionais já não controlarem a “forma como a informação chega à audiência”, a rádio e a televisão não perderam lugar para a Internet, mas são suportadas por ela. A facilidade proporcionada ao público em aceder à informação quando e onde quer, leva Pedro Leal a considerar a Internet como “uma boa bengala para a interactividade na rádio”, pelo que é fundamental desfrutar ao máximo desta possibilidade. Na opinião do jornalista, os novos profissionais da informação não devem dominar apenas a escrita, mas também todo um conjunto de técnicas e meios de produção do audiovisual, pois isso está a tornar-se uma mais valia nas redacções. Ao terminar a sua exposição, o chefe de redacção da Emissora Católica Portuguesa revelou não acreditar num futuro isento da presença de intermediários no tratamento da informação.

O representante do Jornal de Notícias (JN), Paulo Ferreira, também mostrou uma opinião semelhante à dos convidados anteriores, dizendo que “a morte dos intermediários é apressada”. No entanto, o editor do JN preferiu destacar a importância da proximidade que deve existir entre o órgão de comunicação e o leitor, assim como a promoção da “interactividade com o público” que, segundo ele, são as vantagens do JN em relação aos outros jornais. O cidadão deve ser sempre o ponto central, deve ser ele a “definir a agenda” mediática. Paulo Ferreira também abordou a questão da Internet no meio jornalístico, assegurando que existe uma “resistência muito grande por parte dos jornalistas” em relação à mesma. Tal como já tinha feito um dos convidados, o jornalista do JN lembrou que os futuros profissionais dos media devem, a par da escrita, saber “fazer fotografia, imagem e vídeo”.

O último interveniente no debate foi Luís Miguel Loureiro, repórter da RTP, que concordou que não será possível um futuro sem intermediários. Acredita mesmo que estes são “imprescindíveis”. O repórter da televisão pública fez ainda referência ao alarmante desenvolvimento tecnológico que abarca o meio jornalístico, revelando que “o grande problema do jornalismo foi ter-se deixado apanhar pela maré tecnológica”.

Em jeito de conclusão, o moderador e docente de Jornalismo na UM, respondeu à pergunta que deu o mote a este painel dizendo: "Futuro sem Intermediários? Não. São cada vez mais precisos, mas não a qualquer preço."


Carla Lameira com Carla Oliveira

Monday, March 26, 2007

Velha-a-branca procura inovar na programação

O estaleiro cultural Velha-a-branca, em Braga, está à procura de novos colaboradores para a área da programação. O objectivo desta mudança é tentar melhorar a oferta cultural da corporativa e “fazer crescer” o projecto, justifica o director do estaleiro, Luís Tarroso.

A Velha-a-branca é uma corporativa sem fins lucrativos, que tem como objectivo “promover a criação e a divulgação artística e cultural”, lê-se no site oficial do estaleiro.
Todas as semanas se desenvolvem actividades variadas que vão desde conversas, lançamentos de livros, sessões de poesia, concertos, semanas temáticas e exposições até à organização de cursos e workshops na área da cultura e do ambiente.

Após um percurso de três anos, que primou pela diversidade de actividades e iniciativas culturais, a direcção da Velha procura dar um novo alento à casa, começando pela procura de novos programadores. Segundo Luís Tarroso, a organização não tinha um programador único, responsável pela agenda, mas sim um conjunto de “pessoas que colaboram na programação”. O que se pretende agora é “propor uma coisa diferente, alguém que trabalhe principalmente nessa área, a tempo inteiro ou em part-time”.

A decisão “não tem a ver com algum problema que houve para trás”, esclarece o directo, é apenas uma tentativa de “fazer crescer” o projecto. Já apareceram várias candidaturas para ocupar o lugar de programador, mas dos currículos analisados “ainda não se elegeu o mais capacitado para a tarefa”, adianta Tarroso. A iniciativa não é inédita, afirma, mas em concursos anteriores “não encontramos ninguém com um currículo suficientemente convincente para ocupar o lugar”.

“Gostava que houvesse mais oportunidades para as pessoas participarem”

Marta Mendes já frequentou algumas vezes o estaleiro cultural, não só como visitante, mas também como participante de uma feira de artesanato, na qual expôs os seus trabalhos. Considera que “a programação deles é boa e com bastante diversidade”. No entanto, “gostava que houvesse mais oportunidades para as pessoas participarem também, nomeadamente através de feiras/mostras”, afirma a artesã. “Estava a tentar organizar outra feira de artesanato, mas não gostei das condições impostas (que se alteraram bastante em relação às da última feira)”, esclarece.

Programação da semana

No âmbito do BragaJazz2007, a Velha dedica o mês de Março a este estilo musical. No próximo sábado, dia 24, pela 23h59, realiza-se a 2ª parte da Jam session em parceria com o Ateliê Pedro Cravinho e integrada nos workshops de Iniciação à Prática do Jazz que a Velha promoveu em Novembro.

A Conversa no Tanque desta semana conta com a presença de João Garcia Miguel, no domingo, 25 de Março, pelas 22h00.

Está patente uma exposição de fotografia, da autoria de Hugo Delgado, intitulada “África – Retratos de um Quotidiano Real”.


* texto editado no ComUMonline

Thursday, March 22, 2007

“Concorri porque não fazia sentido continuar a escrever para a gaveta”

Entrevista com Michel Oliveira, vencedor do Prémio Literário do TUM

Luís Michel Ferreira Oliveira frequenta o 2º ano do curso de Arqueologia, na Universidade do Minho (UM). Decidiu concorrer ao I Prémio Literário do Teatro Universitário do Minho (TUM) e viu a sua obra “Vento, Cordas do Violino Verde” arrecadar o 1º prémio do concurso. O Sopa de Actualidade foi entrevistá-lo para tentar saber mais sobre a obra vencedora e o seu autor.

Sopa de Actualidade - Fala-me um pouco sobre a tua obra. Qual a temática nela abordada?
Michel Oliveira -
Sendo eu o autor da obra penso que não me cabe responder a essa questão. Essa função ficará para a liberdade interpretativa de cada leitor. O que posso dizer é que me debruço sobre o que a vida contém e pode conter.

Por quê o título "Vento, Cordas Do Violino Verde"?
O título surgiu-me intuitivamente. É um verso, um verso que indica a essência da obra em questão.

Há algum escritor que te tenha inspirado?
Não me inspiro em nenhum poeta. Os poetas que li e leio não podem inspirar ninguém verdadeiramente, pois todos os poemas possuem algo de profundamente intímo. Os poetas não se mostram, ensinam. Ensinam-me a beleza e a importância da palavra, e todos eles a seu modo. Posso dizer que tenho uma especial admiração pelos clássicos, como Antero de Quental, Baudelaire, Cesário Verde, Verlaine, Rimbaud, Camilo Pessanha, Teixeira de Pascoaes, Fernando Pessoa e seus heterónimos e Rilke. Da poesia contemporânea, vou lendo de tudo um pouco, como Celan, Neruda, Eugénio de Andrade ou António Ramos Rosa, por exemplo. A leitura deve ser imprescindível para quem escreve.

Então o que é que te inspira?
O que me inspira, de certa maneira, são as capacidades, as possibilidades, talvez infinitas, que vejo no sonho, na realidade, na vida, aquando do emergir da palavra para o universo da poesia. Se pudesse definir a poesia, diria que a poesia é respirar bem fundo, se é que me faço entender.

Como e quando surgiu o gosto pela poesia?
O gosto pela poesia surgiu no meu 11ºano de escolaridade, salvo o erro. Sei que foi numa aula de Português, com o estudo dos sonetos de Antero de Quental. Racionalmente, não sei explicar como surgiu, sei que fiquei a saber que tinha, até então, uma ideia completamente despropositada sobre o que significavam os poetas e a poesia. A professora da altura também foi muito importante, devido à sua maneira distinta e exigente de dar as aulas.

Vês a escrita como um hobbie ou como uma alternativa profissional?
Nem uma coisa nem outra. Vejo-a como uma espécie de necessidade.

O que te levou a concorrer ao Prémio Literário do TUM?
Soube do concurso por mero acaso quando espreitei um placard da U.M. Informei-me e vi que o prémio era a edição em livro da obra vencedora. Então decidi concorrer, porque achei que não fazia sentido continuar a escrever para a gaveta.

Alguma vez pensaste que podias receber o 1.º prémio?
Pensei, algumas vezes, sempre em duas coisas: receber o 1.º prémio ou não receber o 1.º prémio. Era fácil, portanto.

O que sentiste quando te disseram que a tua obra tinha sido a eleita?
Ao princípio não sabia o que sentia. Era uma sensação estranha, visto que foi e continua a ser uma novidade para mim. Contudo é algo que me deixa feliz!

Agora que a tua obra vai ser editada em livro, quais são as tuas expectativas? Que portas esperas que se abram?
Espero que o livro seja lido verdadeiramente. Se gostarem ou não, não importa. A única expectativa que tenho, e na qual posso confiar plenamente, é a de continuar a escrever sempre que possível.


Em jeito de conclusão, o jovem Michel Oliveira, que verá a sua obra poética publicada pela Quasi-Edições, deixou um apelo aos jovens escritores que, como ele, tentam a sua sorte: "Não desistam. Não desistam acima de tudo de escrever".

Alunos da Universidade do Minho distribuem poesia pelo Metro do Porto

Integrado nas comemorações do Dia Mundial da Poesia, alunos da Universidade do Minho e de Aveiro distribuíram, ontem, poesia ao longo de toda a rede do metro portuense, na edição deste ano do projecto “Poems on the Metro – Poemas no Metro”.

A iniciativa partiu do Metro do Porto e do British Council, tomando como modelo os “Poems on the Underground”, de Londres. O tema genérico escolhido para este ano foi “The sea” (O mar), e o conjunto de poemas seleccionados pelo British Council abrangeu, para além de Sophia de Mello Breyner, o português Jorge Sousa, o inglês Lawrence Sail e a galesa Elgyn, refere o Diário Digital.

Membros do Sindicato da Poesia declamaram poemas no interior das carruagens em serviço nas linhas do metro. Ao fim da tarde ouviram-se versos de Sophia de Mello Breyner e excertos das suas obras, pela voz de Jorge Sousa, Lawrence Sail e Menna Elgyn, em versão original e na traduzida, numa sessão final na Estação da Casa da Música.

Os poemas escolhidos estão expostos numa colecção de cartazes patente no interior dos veículos do Metro do Porto até ao início de Junho.
*Texto editado no ComUMonline

Wednesday, March 14, 2007

António Lobo Antunes vence Prémio Camões 2007



“É um prazer lembrarem-se do meu nome”, disse António Lobo Antunes, citado pelo director das Publicações D. Quixote, Rui Breda, em jeito de reacção ao Prémio Camões que lhe foi atribuído hoje, no Rio de Janeiro.
Segundo um membro do júri deste ano, Domício Proença Filho, houve unanimidade na escolha do autor para ganhar o prémio. "Inicialmente houve uma discussão rica sobre os nomes apresentados, mas houve unanimidade na decisão", esclareceu.
A ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, importou-se em destacar o "percurso inovador e rico" de António Lobo Antunes no romance contemporâneo considerando a distinção " justíssima” e que "já se fazia demorar".
O Presidente da República, Cavaco Silva, enviou uma mensagem de "sinceros parabéns" a Lobo Antunes, frisando o carácter de “reconhecimento a nível nacional e internacional" da obra do escritor através deste prémio.
O Presidente afirmou ainda que há "um sinal inequívoco do elevado apreço em que hoje em dia são tidas a originalidade e a sensibilidade reveladas pela obra literária do autor".

Autores congratulam Lobo Antunes

Alguns prestigiados autores portugueses teceram opiniões sobre o resultado da atribuição deste prémio, como foi o caso de Gonçalo M. Tavares. O escritor elogiou a "intensidade emocional e literária muito forte e muito difícil de conseguir num pequeno espaço " das crónicas de Lobo Antunes.
Lídia Jorge atestou que a distinção "é merecida pela obra notável, pela grande persistência e originalidade".
A autora acrescentou ainda que António Lobo Antunes "é um dos escritores mais importantes da actualidade". Este Prémio é "mais uma chamada de atenção, em termos internacionais" para a sua obra. "Sendo o Prémio Camões reputadíssimo em todas as frentes é seguramente mais uma referência para o reconhecimento internacional da sua obra", frisou a escritora.
Já o presidente da Associação Portuguesa de Escritores (APE), José Manuel Mendes, afirmou que o júri escolheu "um autor reconhecido pelos seus leitores".
Em nome da direcção da APE, José Manuel Mendes declarou que esse reconhecimento "terá seguramente suscitado o interesse de um júri atento à realidade cultural dos países lusófonos".

Reacções positivas também no Brasil

No Brasil, a escritora e coordenadora do Fórum das Letras de Ouro Preto, Guiomar de Grammont, declarou: “Lobo Antunes é o maior escritor vivo por causa da inventividade da sua linguagem. É como se estivéssemos todo o tempo ouvindo as personagens pensarem, sentirem, dialogarem. É um mundo transformado em discurso".
Ainda do outro lado do Atlântico, o embaixador de Portugal, Francisco Seixas da Costa, reportou-se a Lobo Antunes como sendo "uma das personalidades literárias portuguesas de maior prestígio mundial".

António Lobo Antunes tem 64 anos e é um dos escritores portugueses mais lidos, vendidos e traduzidos em todo o mundo. Ao longo de 28 anos de carreira literária, recebeu distinções como o Prémio Internacional União Latina (2003), Prémio France Culture (1996 e 1997), o Prémio de Literatura Europeia do Estado Austríaco (2000), entre outras.
Hoje foi distinguido com o Prémio Camões, o mais importante prémio literário em Língua Portuguesa, no valor de 100 mil euros.

Blasted Mechanism apresentam “Sound in Light”

“Sound in Light” é o nome do novo trabalho dos portugueses Blasted Mechanism, cujo lançamento está marcado para o dia 19 de Março. Dois anos depois de “Avatara”, a banda surge com um registo mais tribal e orgânico, mas o vocalista Karkov garante que a sua mensagem continua a basear-se numa “viagem interna na busca de espiritualidade".

O disco, uma mistura de rock industrial e electrónica com fortes influências da "world music", é composto por 15 temas, em alguns dos quais participam o guitarrista António Chainho, Rão Kyao, o espanhol Macaco, os portugueses Kumpania Algazarra, Strange Faces e o italiano Nidi D´Arac. Além disso, dá acesso a um segundo álbum virtual, "Light in sound", com mais dez temas originais que podem ser descarregados no sítio oficial da banda.

Apesar do lançamento do álbum ser no dia 19 deste mês, os Blasted apresentam “Sound in Light” ao vivo no dia 15 de Março, na Aula Magna, em Lisboa, e no dia 17 no Teatro Sá da Bandeira, no Porto. Os bilhetes para assistir aos concertos não estão à venda, apenas podem ser obtidos com a compra do disco nas lojas Fnac.

Karkov, Valdjiu, Ary, Zymon e Fred Stone são os membros da banda que se autodefine como “música do mundo tocada por seres de outro mundo”. Marcam a diferença no panorama musical nacional desde 1994, ano em que afirmam terem sido “inventados”. Já actuaram com nomes como Rage Against the Machine, Moby, Marylin Manson, Nick Cave, The Prodigy, Chemical Brothers, Beck, System of a Down, entre outros. A música, mas sobretudo a imagem e a atitude próprias com que se apresentam em palco, têm sido a chave do sucesso e da fidelização do público ao longo dos anos.


(Foto: www.fnac.pt)

*Texto editado no ComUM online

Monday, March 12, 2007

Serralves promove conferências com figuras de relevo mundial

Entre 29 de Março e 13 de Dezembro, a Fundação de Serralves, no Porto, recebe 12 figuras de relevo mundial nas áreas da Filosofia, Educação, Biologia e pensamento político actuais, durante o ciclo de conferências «Crítica do Contemporâneo».

No âmbito da reflexão e do debate sobre a sociedade contemporânea, a Fundação de Serralves vai receber, entre Março e Dezembro, um ciclo de 12 conferências internacionais – divididas em três grupos de quatro, dedicadas às temáticas da Política, da Educação e da Biologia.

“Os conferencistas convidados são, todos eles, figuras maiores a nível mundial”, anuncia a Fundação em comunicado. Entre eles estão Giacomo Marramao, Giorgio Agamben, Peter Sloterdijk e Jacques Rancière, bem como notáveis professores e cientistas de universidades como Harvard e Oxford.

O programa, cuja coordenação está a cargo de Rui Mota Cardoso, Psiquiatra e Investigador Sénior do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), tem início no dia 29 de Março com a primeira de quatro conferências dedicadas à Política, comissariadas por António Guerreiro e moderadas por Guilherme de Oliveira Martins. A primeira intervenção, cujo título é “O Mundo e o Ocidente, hoje: sobre as formas do conflito na era global”, será a do professor de Filosofia Política italiano Giacomo Marramao, autor de livros importantes onde trata de questões centrais da política moderna.

Segue-se, a 12 de Abril, a conferência de Jacques Rancière, escritor, filósofo, professor e pensador fundamental, a nível mundial, na compreensão do que é hoje a política. Rancière versará sobre "As desventuras contemporâneas do pensamento crítico".

A terceira conferência, intitulada “A técnica na sua relação com o humano”, está agendada para 3 de Maio e será da responsabilidade de Peter Sloterdijk, filósofo alemão e professor da Universidade de Karlsruhe, um dos mais importantes pensadores da Razão política, social e cultural contemporânea.

A fechar o bloco de Política realiza-se, a 8 de Maio, a conferência do filósofo italiano Giorgio Agamben que abordará o tema “A teologia política e económica do nosso tempo”. Agamben é uma figura fundamental no pensamento político contemporâneo, com uma irradiação internacional que o colocam num lugar de enorme influência.

O segundo bloco de conferências é dedicado à temática da Educação e tem como comissário Manuel Costa e como moderador Alberto Amaral. A primeira conferência deste bloco ocorre a 15 de Maio, com Eric Mazur e o tema “Alunos no papel de professores”. Eric Mazur é Professor na Universidade de Harvard.

A 29 de Maio é a vez do Norte-americano John R. Jungk, Professor do Beloit College, no Wisconsin, EUA, dedicar a sua conferência ao tema “Uma estética alternativa: Arte & Biomatemática”.

No dia 12 de Junho, segue-se a conferência de Tom Schuller sobre “Os benefícios sociais de aprender”. Schuller é inglês e é director do Centre for Educational Research and Innovation (CERI), organismo da OCDE.
O último conferencista deste bloco dedicado à Educação será William Schmidt (Universidade do Michigan, EUA) que, a 26 de Junho, abordará o tema “Educação: da Investigação às Políticas”.

O terceiro e último bloco de conferências, moderadas por Manuel Sobrinho Simões, será dedicado à Biologia e trará a Serralves um quarteto de conferencistas seleccionados pelo Comissário António Amorim. A primeira sessão dedicada à “Diversidade genética humana” realiza-se a 18 de Outubro com o catalão Jaume Bertranpetit, professor catedrático de Biologia na Universidade Pompeu Fabra, em Barcelona.

A 15 de Novembro o Alemão Michael Krawczak protagoniza uma conferência sobre “Diversidade genética humana: a perspectiva da medicina”. Krawczak é director do Instituto de Informática e Estatística Médica na Universidade de Kiel, na Alemanha.

Segue-se, a 29 de Novembro, a conferência de Tim Crow, sobre “As origens genéticas do Homo Sapiens moderno”. O professor Crow é inglês e director do Prince of Wales International Centre em Oxford.

A última conferência de todo o programa, a 13 de Dezembro, será da responsabilidade da Dra. Rosalind Harding, membro do Grupo de Genética Matemática no Departamento de Estatística do St. John’s College, Universidade de Oxford.

Todas as sessões terão lugar às 21h30, no Auditório de Serralves, a um preço de entrada de 5 Euros, com desconto para Amigos de Serralves, estudantes e maiores de 65 anos.
*texto editado no ComUMonline

Sunday, March 11, 2007

Vitória de Guimarães vence Gil Vicente e coloca equipa gilista em posição difícil

O Vitória de Guimarães venceu o Gil Vicente por 1- 0, na partida a contar para a 21º jornada da Liga Vitalis. O jogo realizou-se esta tarde, no estádio D. Afonso Henriques, na cidade berço.

O estádio do rei foi palco de uma moldura humana atípica nos jogos da Liga de Honra, 18 mil era o número de espectadores num jogo em que ambas as equipas precisavam de ganhar.

A equipa vimaranense pretendia os três pontos que lhe permitissem aproximar dos lugares de promoção, enquanto que a equipa de Barcelos ansiava um resultado positivo na luta pela permanência.

O Gil Vicente entrou melhor no jogo, conseguiu gerir a pressão, impedindo que a equipa da casa criasse perigo. Logo aos 13 minutos, o guarda-redes vitoriano negou o golo a Fumo, naquela que viria a ser a melhor oportunidade de golo da equipa visitante.
Com o decorrer do jogo, o Vitória de Guimarães começava a impor-se no terreno, e no melhor momento da primeira parte, Otacílio, aos 40 minutos, marcou o golo solitário da partida.

Na segunda parte, os pupilos de Manuel Cajuda, de forma inteligente, conseguiram controlar o jogo, impedindo que a equipa forasteira chegasse ao último reduto vimaranense. No entanto, nos últimos minutos de jogo, foi a equipa de Paulo Alves quem procurou o golo, sempre negado pelo guardião vitoriano.

Contrariando a monotonia que prevalece nos jogos da Liga de Honra, ambas as equipas procuraram o triunfo, no entanto, foi a equipa da casa quem alcançou os três pontos.
Na próxima jornada, o Vitória de Guimarães viaja até aos Açores para defrontar o Santa Clara, enquanto que o Gil Vicente recebe o Gondomar.


Nilson satisfeito com o resultado

“Não realizamos um excelente jogo, mas fomos inteligentes e conseguimos realizar uma boa partida, soubemos atacar e defender e a vitória é justa”, disse o guarda redes do Vitória ao sopadeactualidade.

Nilson encontra-se optimista face ao bom momento pelo qual a sua equipa está a passar e afirma ainda que “nesta altura o Vitória precisa de pontos e não de espectáculo”, confessando que “é maravilhoso jogar num estádio com tanta gente, que este apoio continue jornada após jornada”.

Foto: Carla Oliveira

Friday, March 09, 2007

Pedro Burmester e Alexei Eremine dão concerto em Guimarães

O Centro Cultural Vila Flor (CCVF), em Guimarães, recebe os pianistas Pedro Burmester e Alexei Eremine para um concerto de música clássica a dois pianos. O espectáculo realiza-se no dia 17 de Março.

O público vai poder assistir à interpretação de algumas obras de conhecidos compositores, como Mozart, Grieg, Rachmaninov e Fernando Lopes-Graça, num estilo mais puro mas também num excepcional cruzamento de melodias.

Pedro Burmester terminou o Curso Superior de Piano do Conservatório do Porto, cidade de onde é natural, com a classificação de 20 valores. Iniciou-se na música aos 10 anos e já realizou mais de 500 concertos em vários países do mundo, nos quais foi diversas vezes premiado. Desde finais dos anos oitenta que mantém um duo com o pianista Mário Laginha, com quem gravou o álbum “Duetos”. A sua discografia inclui ainda trabalhos a solo com obras de Bach, Schumann, Schubert e Chopin. Em 2001 gravou “The Circle of Life”, com Alexei Eremine.

Burmester foi professor na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Porto, organizou a programação musical do Porto Capital Europeia da Cultura e foi responsável pelo projecto Casa da Música do Porto, da qual é o actual director artístico.

Alexei Eremine nasceu em Moscovo, na Rússia, país onde terminou o Curso Superior no Instituto Pedagógico de Gnessin. Em 1989, foi um dos membros fundadores do Quarteto com Piano de Moscovo (MPQ), a primeira formação do género na Rússia. Desde 1993 que o MPQ se tornou «Quarteto Residente» de Cascais, município onde realiza anualmente dez concertos.

Quando acabou o seu curso foi convidado para leccionar Piano e Música de Câmara no Instituto Gnessin, tornando-se o professor mais jovem do ensino superior musical em Moscovo.Entre 1993 e 1996 foi professor de piano na Escola Profissional de Arcos do Estoril.

Os bilhetes para assistir ao concerto, com início marcado para as 22h00, no Grande Auditório do CCVF, podem ser adquiridos por 7,50€ e 10€.


Foto: www.musica.gulbenkian.pt

*Texto editado no ComUM online

Tuesday, March 06, 2007

Sismo na Indonésia mata mais de 70 pessoas

A ilha de Sumatra, na Indonésia, voltou a tremer esta manhã, pelas 10h49, na sequência de dois sismos, que ocorreram com cerca de duas horas de intervalo, provocando a morte a mais de 70 pessoas.

Segundo o
Correio da Manhã, o sismo fez ainda ruir centenas de edifícios e dezenas de pessoas ocorreram aos hospitais locais, que ficaram rapidamente congestionados, estando ainda por calcular o numero total de feridos.

Com uma magnitude de 6,3 na escala de Ritcher, um dos terramotos foi sentido a centenas de quilómetros de distância, em Singapura, onde alguns edifícios foram evacuados, e na Malásia, provocando o pânico, mas sem vítimas.

A 26 de Dezembro de 2004, a ilha de Sumatra foi abalada por um terramoto com uma magnitude de 9 na escala aberta de Ritcher, fazendo mais de 230 mil pessoas.

Imagem: Renascença

Monday, March 05, 2007

Regina Pessoa com “Final feliz” no Tricky Womem Award

Realizadora da curta-metragem de animação "História Trágica com Final Feliz" premiada em Viena

A cineasta portuguesa recebeu ontem, na capital austríaca, o galardão na cerimónia de encerramento do Tricky Womem Award, o único festival de animação exclusivamente feminino na Europa.
Trata-se da 69ª distinção que a sua curta metragem de animação recebe depois de dos Grandes Prémios do Festival de Annecy, o mais importante certame de animação do mundo, do SICAF, na Coreia do Sul, e do Mecal, em Barcelona, além dos quatro prémios do Cinanima.

Regina Pessoa, de 37 anos, foi ainda nomeada, pelo mesmo filme, para o Cartoon d`Or, para os Genie Awards e para os Les Lutins du Court-Métrage, ficou na «short list» dos Óscares de Hollywood e dos Césares da Academia Francesa, entre muitas outras distinções.


"História Trágica com Final Feliz" faz-nos descobrir uma menina que não é igual às outras pessoas. O traço que a difere (um coração que por bater demasiado depressa, faz muito barulho) não só incomoda a comunidade a que pertence, como se traduz num profundo sofrimento individual. Com o tempo, porém, a comunidade acaba por se habituar à presença da diferença, distanciando-a, mas ao mesmo tempo integrando-a na voragem do seu quotidiano.


Actualmente, a realizadora trabalha num novo filme, "Kali, o Pequeno Vampiro", que se encontra em fase de pré-produção.

*Texto editado no comUM online

“O Labirinto do Fauno” vence Fantasporto

“O Labirinto do Fauno”, do realizador mexicano Guillermo del Toro, foi o vencedor do 27º Fantasporto – Festival Internacional de Cinema do Porto, ao ganhar o prémio para o melhor filme da secção Oficial Cinema Fantástico, a principal do evento.

É já a segunda vez que Guillermo del Toro vence uma edição do Fantasporto. A primeira foi em 1994, com o seu primeiro filme, “Cronos”. Para além do prémio para melhor filme da secção Oficial de Cinema Fantástico, “O Labirinto do Fauno” foi também distinguido com o Prémio de Melhor Actor, pela interpretação de Sergi López.

O filme, agora em exibição nas salas de cinema nacionais, ganhou há apenas uma semana os Óscares de Melhor Direcção Artística, Fotografia e Caracterização.

O Prémio Melhor Actriz da secção Cinema Fantástico foi para a actriz espanhola Ariadna Gil, mas pela actuação no filme “Ausentes”, de Daniel Calparsoro.

“The Host”, de Bong Joon-Ho (Coreia) arrecadou o Prémio de Melhor Realização da secção Oficial Cinema Fantástico, enquanto o Melhor Argumento pertence a James Moran, o autor da história que deu origem a “Severance”, de Christopher Smith.

Na outra secção oficial da competição, a Semana dos Realizadores, o galardão principal foi para o filme galego “Un Franco, 14 Pesetas”, que marca a estreia na realização do conhecido actor espanhol Carlos Iglésias.

“Un Franco, 14 Pesetas”, que ganhou também o Prémio Melhor Realizador, conta a história de dois amigos que nos anos 60, na Espanha do general Franco, decidem procurar trabalho na Suíça, num argumento que foca a emigração de uma maneira bem-humorada, onde a comédia e a crítica social combinam.

Os filmes asiáticos voltaram a brilhar no 27º Fantasporto, arrecadando vários prémios, como aconteceu com “Isabella”, de Ho Cheung Pang (China), que venceu a secção Orient Express. “Isabella” ganhou ainda o prémio para a Melhor Actriz da Semana dos Realizadores, com a prestação da macaense Isabella Leong, enquanto “Time” de Kim Ki-duk, ficou com o Prémio Melhor Actor da secção Semana dos Realizadores.

O Prémio Especial do Júri também foi para um hispânico, desta vez pelo trabalho de Alejandro Valle em “Histórias del Desencanto”, com uma estética próxima do surrealismo avant-garde dos anos 20, num tom provocador e cru.

O Prémio Melhores Efeitos Especiais foi também para um asiático desta vez com o filme “Re-Cycle”, dos irmãos Pang (Danny e Oxide, criadores de “The Eye”, de 2002).

A Menção Especial do Júri Internacional foi para o filme norueguês “The Bothersome Man”, de Jens Lien, enquanto Prémio especial do Júri, na Semana dos Realizadores, foi para “Suicídio Encomendado”, de Artur Serra Araújo, que conta as vicissitudes de Luís Tinoco, um homem que, na sequência de um desgosto de amor decide suicidar-se, o que se virá a verificar mais difícil do que pensava.

O júri da Secção Oficial Orient Express decidiu, ainda, atribuir a “The Promise”, de Chen Kaigé, o Prémio Especial da Secção.

Na sessão de encerramento do certame, que ocorreu ontem à noite, foram também atribuídos prémios de carreira aos actores Ruy de Carvalho, Rosanna Arquette e Henry Thomas (o protagonista do filme “ET”).

Durante os 14 dias de duração, nos quais foram exibidos cerca de 200 filmes, 130 longas-metragens e 70 curtas-metragens, a organização do Fantasporto estima que o número final de entradas vendidas deverá rondar as 85 mil, o que corresponde a uma taxa de ocupação de cerca de 78 por cento.

*Texto editado no ComUM online