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ONU anuncia má preparação da Internet para deficientes

Um estudo realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU), no âmbito do Dia Internacional do Deficiente, assinalado a 3 de Dezembro, revela que apenas três por cento dos sítios existentes na Internet estão preparados para serem visitados por pessoas portadoras de deficiência.

A investigação, realizada pelo Departamento Económico e dos Assuntos Sociais das Nações Unidas, em parceria com uma empresa inglesa, envolveu cem sítios digitais de diferentes áreas, como informação governamental, comércio electrónico, finanças e viagens. A população estudada era constituída por pessoas com deficiências visuais ou com dificuldade em utilizar o rato do computador.

As conclusões observadas indicam que 93 por cento das páginas da Internet não cumpre as normas internacionais de acessibilidade para pessoas com deficiência visual ou física, ao não fornecerem descrições por escrito dos conteúdos gráficos, o que impede as pessoas cegas de utilizarem o software tradutor de texto. Verifica-se também que 97 por cento das mesmas não incluem mecanismos que permitam a alteração do tamanho da letra, o que afecta aqueles que têm dificuldades de visão.

O estudo envolveu 20 países, sendo eles, Alemanha, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, Chile, China, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Estados Unidos, França, Índia, Quénia, Japão, Marrocos, México, Reino Unido, Rússia, Singapura e África do Sul.

De todos eles, apenas os sítios oficiais dos governos espanhol, britânico e alemão cumprem as regras mínimas de acessibilidade, o que levou um dos membros da organização, Thomas Schindlmayr, a afirmar que “os responsáveis pelas páginas em todo o mundo - incluindo as Nações Unidas - deviam estar atentos, pois podem perder uma parte significativa da sua audiência por não terem páginas acessíveis a todas as pessoas”.

Thomas Schindlmayr realçou, ainda, o facto de a Internet estar muito longe de atingir o seu potencial máximo no que respeita à sua utilização por pessoas com deficiências. No entanto, o relatório concluiu que um quarto dos sítios examinados podia cumprir as regras universais de acessibilidade a um custo quase insignificante.