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Trinta e dois jornalistas mortos no Iraque em 2006

Um estudo divulgado ontem pela Comissão para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) revela que desde o início deste ano morreram 32 jornalistas na guerra do Iraque.

O relatório da CPJ refere que 28 desses jornalistas foram assassinados deliberadamente, alguns dos quais previamente ameaçados, e que apenas quatro morreram de forma acidental. O estudo destaca o assassinato de um dos jornalistas mais conhecidos do mundo árabe, Atwar Bahjat, como um dos muitos casos de morte intencional. Desde 2003, ano em que os Estados Unidos invadiram o Iraque, este tem sido o cenário de guerra mais mortífero para o jornalismo, contando-se já 92 profissionais falecidos.

O balanço feito por esta entidade mostra que, a nível mundial, o ano de 2006 registou o assassinato de 55 jornalistas no exercício da sua profissão, ultrapassando os 47 que faleceram pelos mesmos motivos no ano transacto. Está ainda a decorrer uma investigação que visa apurar se as causas de outras 27 mortes se devem directamente ao trabalho jornalístico efectuado pelas vítimas.

A Comissão para a Protecção dos Jornalistas, sedeada em Nova Iorque, foi fundada em 1981, tendo como principal objectivo a recolha e análise das mortes de jornalistas que se verificam ao longo dos anos.