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IX Jornadas de Contos findaram hoje em Braga

“Contos de Cores e Sabores” foi o tema escolhido para as nonas Jornadas de Contos que tiveram início ontem, segunda-feira, na Universidade do Minho. No programa estavam presentes contadores de histórias portugueses e estrangeiros que encerraram hoje as jornadas com a realização de oficinas do conto em várias escolas e bibliotecas da região.

O primeiro seminário, intitulado “O conto oral nas sociedades urbanas contemporâneas” ficou a cargo dos convidados Ana Paula Guimarães, Directora do Instituto de Estudos de Cultura Tradicional e José Barbieri, seu parceiro no desenvolvimento de vários projectos, entre os quais o website Memoriamedia.

Ana Paula Guimarães entrou no mundo da literatura tradicional quando em 1979 começou a dar aulas em Lisboa. Apesar de no início não gostar de cultura tradicional, foi aos poucos que começou a descobrir e, principalmente, a gostar de todo o emaranhado de coisas que a envolvem: contos, cantos, provérbios, lenga-lengas, etc, que segundo ela “estão presentes em todas as épocas”.
Há quatro anos atrás deu-se uma grande viragem, quando decidiu dar a conhecer à Fundação de Ciências e Tecnologias o longo e árduo trabalho que fora desesenvolvendo com os seus colegas no Instituto de Estudos de Cultura Tradicional. Uma vez a avaliação do trabalho concluida, os relatórios classificaram-no como “excelente”. Passado pouco tempo foram-lhe dadas verbas para publicações. Este fora o passaporte para a criação de cinco subprojectos que estão ainda em fase de desenvolvimento: “Falas da Terra”, “Cantos, contos e que mais”, “Medicina Popular”, “Os respigadores e a respigadora” e “Tradição e Modernidade”.


A José Barbieri coube a apresentação da base de dados de contos Memoriamedia, o qual, neste momento, funciona apenas como um repositório dividido por zonas. O site reune as investigações que fazem pelo país: vídeo-contos e contos tradicionais relatados por pessoas que têm a idade dos nossos avós. para Segundo o investigador, em breve estará disponível um trabalho de indexação e a partir de cada história será possível aceder a um conjunto de características que a envolvem.

Os paineis que prosseguiram as jornadas na segunda-feira, foram dedicados à reflexão, partilha de experiências e discussão sobre os repertórios dos contadores contemporâneos. Foram dadas a conhecer as experiências de contadores vindos da Galiza e de França, de Inglaterra e do Canadá, do Brasil, e, claro, de vários lugares de Portugal.


Hoje, o dia foi dedicado à realização de oficinas do conto, orientadas por contadores tais como David Heathfield (Inglaterra), Thomas Bakk (Brasil), Jacques Pasquet (Canadá), Sam Cannarozzi (França), José Craveiro (Portugal), entre outro. As oficinas foram essencialmente dedicadas a estudantes, professores e animadores culturais e contaram com várias sessões de contos em várias escolas e bibliotecas da região.

*Texto editado no ComUM online